Se você é daqueles que gostam de comemorar a virada do ano com muitos fogos de artifício, como é comum nas grandes e até nas pequenas cidades brasileiras, passe reto se alguém tiver a ideia de convidá-lo a passar o Réveillon em Santiago, no Chile.
Ou vá sem muita expectativa.
Alguns amigos, irmãs e eu nos empolgamos quando lemos em um blog comentários sobre a maravilha que é a queima de fogos nos cerros que cercam Santiago na virada do ano. Como estávamos procurando onde passar nosso Réveillon de 2012 e não estávamos a fim de perder horas nos engarrafamentos das estradas de São Paulo para o litoral nessa ocasião, resolvemos ir para lá.
Santiago é uma cidade linda, organizada e ótima para passar uns dias de férias, como fizemos, desde que você não se importe de pagar até R$ 12 por um cafezinho ou R$ 8 por uma garrafinha de água mineral. Os preços estão muito altos por lá. Segundo alguns moradores, tudo começou a subir de uns dois anos para cá. Para falar a verdade, em algumas situações nos sentimos “assaltados”, como quando pagamos cerca de R$ 100 por pessoa para um almoço bem comum, num restaurante tão comum quanto: peixe grelhado, purê de batatas, refrigerante ou cerveja e cafezinho.
Pelo menos a lua estava bonita
Mas, voltando ao Réveillon, tentamos reservar lugar para jantar em algum restaurante bacana, mas não conseguimos (aliás, nem nos mais simples, já que estes não funcionariam). Os poucos restaurantes que fariam ceia, festa etc. estavam lotados (como é comum acontecer aqui em São Paulo também). E olhe que os preços estavam acima de US$ 200 por pessoa.
Resolvemos passar a noite naquela que era nossa última opção: a festa do hotel onde estávamos hospedados, o Atton Las Condes. Afinal, nosso grupo era de sete pessoas, e o fato de passarmos juntos aquela virada já era motivo de comemoração, e nos divertiríamos de qualquer maneira. A programação previa um coquetel à beira da piscina, o jantar com música ao vivo e dança e, pouco antes da meia-noite, todos subiríamos para o terraço, no 20º andar, para brindar com champanhe e assistir à tão esperada queima de fogos nos cerros.
Foi tudo muito bem, muito gostoso até justamente na hora do ápice da festa, a tal queima de fogos. Nos posicionamos para assistir a um espetáculo maravilhoso e… sabe aquela sensação de logro? Era um foguinho aqui, outro ali, outro acolá… Para se ter uma ideia, os poucos fogos que foram estourados na torre do hotel Hyatt, que ficava próximo ao nosso, foi o melhor da noite. E nem eram tão bonitos assim. Nos cerros, mesmo, quase nada…
